16 de dezembro de 2008

Mobilicidade.com.br


Esta semana começou a implantação do sistema de bicicletas públicas na cidade do Rio de Janeiro, assim como ocorre em algumas cidades européias. Os primeiros pontos de retirada-entrega das mesmas foram colocados em Copacabana. Me cadastrei no site da empresa MOBILICIDADE para concorrer ao passe gratuito (já que por enquanto apenas pessoas escolhidas através do site poderão experimentar o sistema, que ainda está sendo implantado). Para minha surpresa fui rapidamente respondido em meu cadastro e recebi todas as informações sobre como proceder para começar a usar meu passe gratuito, que me dá direito a usar as bikes até 29 de Dezembro, sem limite de tempo ao que parece.

Rapidamente aproveitei a falta de chuva da tarde de ontem e o excesso de tempo livre para correr pra Estação 12 (Posto 6 de Copacabana) e finalmente cair no SAMBA da prefeitura. Calma, isto não é nenhum trocadilho bobo, SAMBA significa: Solução Alternativa para Mobilidade por Bicicletas de Aluguel. E será que isso deu mesmo SAMBA?

Me dirigi ao Posto 12 (Posto 6 em Copa) para retirar a Bike. Ao chegar lá a atendente me disse que teria que telefonar para o número que constava na placa aonde ficam as bicicletas. Liguei e fui seguindo as orientações passo-a-passo até colocar número de telefone e senha e escolher em qual posto estava e qual bicicleta gostaria de retirar. Após isso, rapidamente o sinal verde aonde estava acendeu e eu já podia tirar a bicicleta. Só que o sinal foi rápido demais e logo "fechou", ou seja, fiquei com cara de idiota sem entender o porquê de ter travado tão rapidamente. Para evitar que eu gastasse mais em telefonema, a atendente chamou um funcionário da Serttel (empresa que está implantando o sistema) que se prontificou a discar de seu próprio telefone para que eu não gastasse crédito mais uma vez. Mas isso foi uma sorte, afinal o cara só estava lá porque o sistema está sendo instalado agora... Depois de mais duas tentativas (mais outra frustrada pela minha falta de habilidade de retirar a bicicleta da trava), finalmente consegui! Ufa, agora era hora de pedalar enfim, certo?

A bicicleta é muito confortável, leve, possui um "guidão" e um banco que proporcionam uma posição muito boa e correta para pedalar. Resultado? Fiquei duas horas pedalando pela ciclovia. Primeiro até o Leblon e depois até o início de Copacabana e de volta à Santa Clara, aonde devolvi a bicicleta.

Ao fim, a avaliação do sistema é positiva, mas com ressalvas.

Prós: Biciletas modernas, leves e obviamente novíssimas. Um sistema que não fica devendo em nada aos das cidades européias que já possuem esta facilidade aos cidadãos e turistas.

Contras: O "guidão" por ser numa posição incomum, deixou-me com um pouco de dor no pulso esquerdo. Não sei se foi culpa da posição do guidão mesmo ou por estar desacostumado a pedalar com o pulso nesta posição. O sistema de precisar telefonar para poder retirar a bicicleta foi o que mais me incomodou e que achei mais burocrático. Sim, a validação por celular é moderna, entretanto o fato de precisar ter crédito no celular para poder retirar a bicicleta é irracional. O correto ou o mais adequado seria colocar um terminal em cada ponto para a retirada da bicicleta. Assim poderíamos fazer o login no sistema de cada ponto de retirada e liberaríamos a bicicleta desejada. Ou então a emissão de um cartão com algum tipo dechip também seria uma boa solução. Ou então a possibilidade de retirar a bicicleta simplesmente debitando um valor do seu cartão de crédito, como ocorre em Paris por exemplo. Alguma solução ao telefonema haverá de ser encontrada, pois creio que essa será a maior reclamação dos usuários.

Quanto aos valores, ainda não possuo uma idéia geral de quanto custará cada período de utilização, entretanto em breve isso será mais divulgado e creio que no site seja possível achar mais sobre isso.

De mais a mais, recomendo que se cadastrem e solicitem seus passes gratuitos e formulem suas próprias opiniões sobre o sistema. Eu espero que o sistema pegue e que não seja destruído ou algo do tipo. Pedala Rio!

2 comentários:

Roberto da Silva disse...

Prezados senhores,

caí no conto do Bike Rio (pague R$10/mês para andar de bicicleta, e ande a pé ou de ônibus de uma estação vazia para outra, gastando com seu celular) e comprei o passe de um mês que expira hoje à uma da tarde. Ontem não usei o sistema para ir ao trabalho porque ele não é confiável para quem tem horário marcado, uma vez que é pouco provável que se encontre bicicleta na estação e a mais próxima fica a uns 600 metros da minha casa (e isto é um prvilégio em comparação com ao resto do Rio). Tentei usar à tarde para voltar do trabalho no Centro. Cheguei à Praça XV e mais uma vez a estação estava completamente vazia, pela internet vi que a estação da Cinelândia também estava, então, mais uma vez, acabou-se a possibilidade de uso a partir do Centro. No Rio, "Capital da bicicleta", usei o ônibus para voltar para minha casa em Botafogo (uns 8 km de distância), desci em frente à estação Rio Sul e vi que ali também não havia nenhuma bicicleta. Para completar, hoje de manhã passei em frente à estação UFRJ e havia duas bicicletas, uma com a corrente arrastando no chão e outra sem banco. Enfim, esse sistema até é uma ideia boa, tem atendentes simpáticos, mas só peca no "pequeno detalhe" de não ter bicicletas em condições de uso. Compartilho a experiência para que outros não cometam o mesmo erro do que eu, de dar dinheiro para um sistema como esse. Dizem que esse sistema é inspirado nos de Paris e de Londres. Comparem os mapas de estações desses sistemas com o do Rio, é de chorar. O que aparece imediatamente é a distância minúscula de uma estação para a outra, mas o que mais impressiona é a diferença no número de bicicletas disponíveis por estação. Torço para que o sistema melhore depois da licitação para que eu volte a comprar passes, mas isto é Brasil...

Roberto da Silva disse...

Prezados senhores,

o sistema quase só tem estações vazias. Quando há bicicletas, estão quebradas ou não são liberadas de jeito nenhum porque o sistema não detecta sua presença no local onde ela está presa. Divulgam que são 600 bicicletas para 58 estações. Deveria haver em média 10 bicicletas por estação: nunca vi mais que oito em nenhuma estação, nem a noite nem em dias de chuva. Por exemplo, em 29/12 por volta de 20:00, estava chovendo, mas, mesmo assim, a estação do Rio Sul só tinha três bicicletas. Eu tinha passado lá mais cedo e só havia uma bicicleta, com o cabo do freio quebrado. É um engodo, mesmo. Comprei o passe mês passado, já está expirando e só consegui usar três vezes, duas delas tendo de telefonar 4 vezes pelo celular para liberar uma bicicleta. Enfim, não pretendo renovar meu passe e não recomendo que ninguém entre nessa.