31 de março de 2007

Prontuário

Cada dia é uma coisa nova
E temo que meu corpo queira me enlouquecer
Talvez por falta de toques, talvez por falta de alguma substância que o faça saudável
Motivos não me faltam a imaginar
Mas esse reclamar precisa ter fim

Um dia formigamentos
Outro súbitos sentimentos de quase-desmaios
Depois o pensamento todo neurótico com medo
Nefralgias se espalham, vão mudando de lugar
Os exames não acusam nada
E nada me faz sentir o mesmo bem estar
De quando eu não estava aqui

Dizem ser psicológico, vai passar
E ponho tudo em dúvida, como quem põe ações no prego
Todo dia, todo dia há fato novo nessa saúde que, incompreensivelmente, fraqueja

Em 22 dias a realidade será outra
A cabeça foca no novo ambiente porvir, como uma redenção para todo esse martírio
Seria como ressuscitar, mas num país ateu
Sinceramente não sei o que me deu
Um dia dói a perna, no outro dói o braço
Depois estômago, ânsias de vômito...
Dizem por aí que curaria com abraço.

Não sei.
Cada dia é uma coisa nova.

Um comentário:

Alexandre Damasceno disse...

Sintomas do tempo...