30 de novembro de 2006

Quando o amor derrete

Essa coisa do acreditar no amor é bastante pessoal, quero dizer, depende da experiência própria de cada pessoa. Tá certo que no fundo todo mundo alimenta uma casa ampla, com sala de som, quartos, cozinhas planejadas, carro na garagem, cachorro saudável e com latido que intimida a tristeza de entrar dentro desse sonho. E ninguém sonha essa casa sozinha, vazia, inabitada... Sempre tem felicidade, vento fresco, sol, móveis novos, sonhos realizados e alguém pra compartilhar isso. Uma felicidade pra deitar junto, trepar, beijar, acordar, tomar banho de borracha e achar que o mundo é isso mesmo, essa idéia perfeita de felicidade que os comerciais e filmes nos venderam durante muito tempo.

E é aí que mora o perigo. Eu sei, é muito ruim quebrar o clima e transformar o roteiro agradável que lemos em um trailer completamente diferente disso tudo. Mas é assim que é a vida. Ao fim das contas, um casebre que suporte chuva, uma cobertinha que esquente, um colo que conforte um abraço e um corpo que aqueça, passa a ser o ápice desse sonho utópico de que a vida só faz sentido quando conseguimos ser o personagem que vive feliz no comercial da margarina.

Eu caio no óbvio, eu preciso disso pra poder aprofundar, ou ao menos tentar... Mas aos 25 anos, vivido, escolado, descolado e depois de tanta coisa vivida e ouvida. Depois de tanto ser e ver, prefiro deixar a vida surpreender.

Se me perguntam:

-Tá procurando relacionamento sério?
-Tá querendo namorar?

Eu respondo: Tô que nem Zeca Pagodinho, tô deixando a vida me levar... vida leva eu!

Nenhum comentário: