17 de fevereiro de 2006
Oh!r Kut
Acordei bem e por minha própria culpa a sexta-feira ficou amarga. Não, eu não esqueci de adoçar o café, não ouvi palavras chatas, não há nada de errado com algo que eu tenha feito... O que houve? Eu sei o que houve. Ponto. Destratei a empregada, não respondi ao bom-dia do porteiro, achei ridícula a encenação do mendigo que dizia ter fome, fui um bicho, sem culpa nem sensibilidade; vi na minha amargura a tela que revelou toda a podridão humana. Sem palavras cortadas, sem gestos falsos, amarrei a cara e desci para pegar o dinheiro do mercado com meu pai. Furioso disse aos familiares: Só vou pegar o dinheiro! Isso porque não quero ir ao mercado hoje. A amargura e a raiva dominou minha manhã e vim captando todos os olhares do caminho pra escrever um texto, ouvir uma música, o que fosse... Tinha mesmo era que colocar tudo isso pra fora, não cabe mais em mim esperar por porra nenhuma e eu cismo em ficar na estação... Cadê o trem? Parece mesmo que não vem... E o dia apenas começou.
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Um comentário:
Nada como amargura e mau-humor pra estragar um dia perfeitamente horrível.
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