19 de fevereiro de 2006
Um texto para ninguém
Devo deixar claro, obviamente, que este texto é para ninguém. Não te diz respeito, nem a mim, apenas a ninguém. Fim da oração. Sei que os fatos se juntaram e como eu não nasci ontem, nasci hoje. Algo que deve ser de praxe pra quem tá vivo. Hã? É claro! Eu tenho vinte e cinco anos e uma hora eu vejo que cortaram a fita da bola de gás e ela se perdeu no céu, sem maiores explicações do porque do corte da fita da porra da bola. É pra divagar, claro, eu não tô falando de nada nem de ninguém. Esse é um texto pra mim, sobre qualquer coisa que aconteça. É pra divagar sem medo. Porque eu fico nesse vai e vém psicológico que nem existe, porque ninguém não faz parte. Mas eu sei, eu sei aonde ninguém pisou ainda. Faz parte, o homem ainda nem chegou em Marte. O único problema desse texto é que ninguém é ser humano que ninguém sabe, não liga pra ninguém e ninguém sabe o que aconteceu para terminar tudo nessa confusão de idéias. Mas eu, quando vou dormir, encaixo ninguém em todo porvir e coluna que ficou vazia. E ninguém pra mim é um pesadelo cheio de gente. Sinceramente? É pra não entender mesmo! Escrevi tudo isso pra mim, porque ninguém merece. Será que merece?
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