Nos últimos anos perdi três perdas, irreparáveis, trirreparáveis.
Imparável, a vida segue, mas segue sem vocês.
Dois fisicamente inexistentes, um psicologicamente morto.
Desde então, metade de mim é cautela, metade não se comove.
Só choro com demagogia de programa de TV.
O que era pra me emocionar, o que era pra me arrebatar, ganha apenas leve suspiro.
De amor entendo pouco.
Amo o atual e sempre amarei.
E quero pra sempre.
E sempre quero.
E as esperas não são mais dores.
As esperas não doem mais.
Acho que fiz um acordo ortográfico no meu coração.
Tirei acento de onde havia excesso.
Tirei os pesos.
Abri caminho.
Hoje sou feliz
até em dia frio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário