9 de dezembro de 2009

Enquanto matéria

Estou no paradoxo do fim do amor.
Que amor? Sei lá, aquele que a gente
inventou sob as luzes da dancefloor

Sob as batidas do DJ
Sob as desculpas que eu inventei pra cidade inteira
Falando que você falou cada besteira
Só aguardando a execução final das promessas

Estou no paradoxo de me perguntar
Quem eu sou
Quem foi você
Pra onde vou

Sob o sol escaldante
Sob a cidade que sofre
Sob o signo do desperdício em tempo de miséria
Eu sou o pior que poderia acontecer à um corpo:
Apodrecer de amor enquanto matéria.

(Data: 09/04/2006)

Um comentário:

Francanalha disse...

Amei David!