a paz de seguros jardins me espera
longe das balas perdidas daqui
num reino longe, como se fosse conto de fadas
a felicidade anda na rua desarmada
não há tiros, mendigos
me sinto enfim cidadão, quase dono de mim
mas engana-se quem pensa que esqueço do berço materno Brasil
aonde bebi água pura e me alimentei de sóis frescos
mas os tempos são outros
agora os rios estão mortos
o povo está refém
o horizonte amanhace um outro além, um além sombrio
quase um conto de terror
entre a fábula de medo
e a de tranquilos gazebos - livres do que me faz infeliz
sou de novo estrangeiro
eu sigo, eu parto, eu não moro mais em mim.
21 de abril de 2007
18 de abril de 2007
D-E-T-E-S-T-A-V-E-L
Irrito-me com essa frieza de retorno, cansada, com sono e gripe. Irrito-me com notícias de outrem lamentando o que pra mim, não se mostrou tão lamentável do lado de lá. Era tudo falsidade ou minha sentimentalidade hoje não tem espaço pra nenhum romantismo barato, desses de filme, desse que eu vi acontecer a outros recentemente - não me servem pra hoje.
Sou silêncio no momento... Mas precisava começar a chover justo agora?
Dou espirros, tenho espasmos, cuspo, bebo água querendo que fosse suco. Tenho lucidez mas preferia, de fato, que estivesse maluco.
Para ser claro: tô me metendo no escuro.
É pra chorar baixo, no canto, cantarolando uma cantiga do tempo da vó.
Nem quero que tenham dó, nem positivismos.
A chuva já acabou, mas não meu nervosismo.
Sou silêncio no momento... Mas precisava começar a chover justo agora?
Dou espirros, tenho espasmos, cuspo, bebo água querendo que fosse suco. Tenho lucidez mas preferia, de fato, que estivesse maluco.
Para ser claro: tô me metendo no escuro.
É pra chorar baixo, no canto, cantarolando uma cantiga do tempo da vó.
Nem quero que tenham dó, nem positivismos.
A chuva já acabou, mas não meu nervosismo.
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