31 de agosto de 2008
Come sail your ships around me...
Come sail your ships around me
And burn your bridges down.
We make a little history baby
Every time you come around.
Come loose your dogs upon me
And let your hair hang down.
You are a little mystery to me
Every time you come around.
We talk about it all night long
We define our moral ground.
But when I crawl into your arms
Everything comes tumbling down.
Come sail your ships around me
And burn your bridges down.
We make a little history baby
Every time you come around.
Your face has fallen sad now
For you know the time is nigh
When I must remove your wings
And you, you must try to fly.
Come sail your ships around me
And burn your bridges down.
We make a little history baby
Every time you come around.
Come loose your dogs upon me
And let your hair hang down.
You are a little mystery to me
Every time you come around.
30 de agosto de 2008
amar(ras)
O que dói menos. O que machuque menos. O que não cause estranheza. O que seja dentro do lugar comum. O que não obrigue quebra de tabus, protocolos e patamares. O que esteja preso dentro das amarras da sociedade. Todos eles lá no papo hoje, obrigavam-me a enxergar o mundo da forma deles. Talvez até o futuro me obrigue a aparar arestas, espaçoso que sou, hei de aprender a redimensionar os impactos que tudo isso me causa.
Como uma criança pequena, sabendo que o canto da cama é quentinho, sabendo que os choros são válidos e que os sorrisos me abrem o incerto futuro, peço licença a quem perdeu o senso de quebrar regras. vou legislando sobre mim, país do qual sou dono e habitante.
Como uma criança pequena, sabendo que o canto da cama é quentinho, sabendo que os choros são válidos e que os sorrisos me abrem o incerto futuro, peço licença a quem perdeu o senso de quebrar regras. vou legislando sobre mim, país do qual sou dono e habitante.
25 de agosto de 2008
Carlos Drummond de Andrade - Campo de Flores
Deus me deu um amor no tempo de madureza,
quando os frutos ou não são colhidos ou sabem a verme.
Deus-ou foi talvez o Diabo-deu-me este amor maduro,
e a um e outro agradeço, pois que tenho um amor.
Pois que tenho um amor, volto aos mitos pretéritos
e outros acrescento aos que amor já criou.
Eis que eu mesmo me torno o mito mais radioso
e talhado em penumbra sou e não sou, mas sou.
Mas sou cada vez mais, eu que não me sabia
e cansado de mim julgava que era o mundo
um vácuo atormentado, um sistema de erros.
Amanhecem de novo as antigas manhãs
que não vivi jamais, pois jamais me sorriram.
Mas me sorriam sempre atrás de tua sombra
imensa e contraída como letra no muro
e só hoje presente.
Deus me deu um amor porque o mereci.
De tantos que já tive ou tiveram em mim,
o sumo se espremeu para fazer vinho
ou foi sangue, talvez, que se armou em coágulo.
E o tempo que levou uma rosa indecisa
a tirar sua cor dessas chamas extintas
era o tempo mais justo. Era tempo de terra.
Onde não há jardim, as flores nascem de um
secreto investimento em formas improváveis.
Hoje tenho um amor e me faço espaçoso
para arrecadar as alfaias de muitos
amantes desgovernados, no mundo, ou triunfantes,
e ao vê-los amorosos e transidos em torno,
o sagrado terror converto em jubilação.
Seu grão de angústia amor já me oferece
na mão esquerda. Enquanto a outra acaricia
os cabelos e a voz e o passo e a arquitetura
e o mistério que além faz os seres preciosos
à visão extasiada.
Mas, porque me tocou um amor crepuscular,
há que amar diferente. De uma grave paciência
ladrilhar minhas mãos. E talvez a ironia
tenha dilacerado a melhor doação.
Há que amar e calar.
Para fora do tempo arrasto meus despojos
e estou vivo na luz que baixa e me confunde.
Na voz de Paulo Autran:
Clique aqui para ouvir
quando os frutos ou não são colhidos ou sabem a verme.
Deus-ou foi talvez o Diabo-deu-me este amor maduro,
e a um e outro agradeço, pois que tenho um amor.
Pois que tenho um amor, volto aos mitos pretéritos
e outros acrescento aos que amor já criou.
Eis que eu mesmo me torno o mito mais radioso
e talhado em penumbra sou e não sou, mas sou.
Mas sou cada vez mais, eu que não me sabia
e cansado de mim julgava que era o mundo
um vácuo atormentado, um sistema de erros.
Amanhecem de novo as antigas manhãs
que não vivi jamais, pois jamais me sorriram.
Mas me sorriam sempre atrás de tua sombra
imensa e contraída como letra no muro
e só hoje presente.
Deus me deu um amor porque o mereci.
De tantos que já tive ou tiveram em mim,
o sumo se espremeu para fazer vinho
ou foi sangue, talvez, que se armou em coágulo.
E o tempo que levou uma rosa indecisa
a tirar sua cor dessas chamas extintas
era o tempo mais justo. Era tempo de terra.
Onde não há jardim, as flores nascem de um
secreto investimento em formas improváveis.
Hoje tenho um amor e me faço espaçoso
para arrecadar as alfaias de muitos
amantes desgovernados, no mundo, ou triunfantes,
e ao vê-los amorosos e transidos em torno,
o sagrado terror converto em jubilação.
Seu grão de angústia amor já me oferece
na mão esquerda. Enquanto a outra acaricia
os cabelos e a voz e o passo e a arquitetura
e o mistério que além faz os seres preciosos
à visão extasiada.
Mas, porque me tocou um amor crepuscular,
há que amar diferente. De uma grave paciência
ladrilhar minhas mãos. E talvez a ironia
tenha dilacerado a melhor doação.
Há que amar e calar.
Para fora do tempo arrasto meus despojos
e estou vivo na luz que baixa e me confunde.
Na voz de Paulo Autran:
Clique aqui para ouvir
20 de agosto de 2008
Desilusão em Banda-Larga na TVBrasil e mais
Hoje no programa Atitude.com a minha querida amiga Geovana Pires (atriz e professora da Escola Lucinda de Poesia Viva) falou a minha conhecida poesia "Desilusão em Banda-Larga" ao vivo. Foi impactante assistir um texto meu, ao vivo, sendo dito por uma amiga de há quase 10 anos. Mais uma vez esse texto caminha e chega nas pessoas. Vou procurar ele aqui e postar pra que matem a saudade. Mas quem quiser pode ver aqui pelo Youtube:
Bem, além disso, pra não virar poeta de um poema só, a partir desta semana já começo a triagem das poesias pra entrar no livro, bem como a escolher capítulos, nome e etc.. Ou o livro chega no fim de 2008, ou no início de 2009. Em breve mais informações por aqui.
Até mais!
David Lima
Bem, além disso, pra não virar poeta de um poema só, a partir desta semana já começo a triagem das poesias pra entrar no livro, bem como a escolher capítulos, nome e etc.. Ou o livro chega no fim de 2008, ou no início de 2009. Em breve mais informações por aqui.
Até mais!
David Lima
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