Cada dia é uma coisa nova
E temo que meu corpo queira me enlouquecer
Talvez por falta de toques, talvez por falta de alguma substância que o faça saudável
Motivos não me faltam a imaginar
Mas esse reclamar precisa ter fim
Um dia formigamentos
Outro súbitos sentimentos de quase-desmaios
Depois o pensamento todo neurótico com medo
Nefralgias se espalham, vão mudando de lugar
Os exames não acusam nada
E nada me faz sentir o mesmo bem estar
De quando eu não estava aqui
Dizem ser psicológico, vai passar
E ponho tudo em dúvida, como quem põe ações no prego
Todo dia, todo dia há fato novo nessa saúde que, incompreensivelmente, fraqueja
Em 22 dias a realidade será outra
A cabeça foca no novo ambiente porvir, como uma redenção para todo esse martírio
Seria como ressuscitar, mas num país ateu
Sinceramente não sei o que me deu
Um dia dói a perna, no outro dói o braço
Depois estômago, ânsias de vômito...
Dizem por aí que curaria com abraço.
Não sei.
Cada dia é uma coisa nova.
31 de março de 2007
21 de março de 2007
por não largar o osso
seus elogios rasgados denunciam que este excesso pode ser mentira
seus adjetivos soltos ao longo da conversa me põem atento à beça
sei que não passamos de desejos de cama,
sem mesa e banho,
e que talvez eu nutra esse sentimento...
esse sentimento tamanho
pelo vazio nunca d'antes preenchido
falar a mesma língua facilita nossa libido
mas eu sempre quero mais, eu sempre corro atrás.
cachorro vira-lata que a conhecer estás: au, au, au!
seus adjetivos soltos ao longo da conversa me põem atento à beça
sei que não passamos de desejos de cama,
sem mesa e banho,
e que talvez eu nutra esse sentimento...
esse sentimento tamanho
pelo vazio nunca d'antes preenchido
falar a mesma língua facilita nossa libido
mas eu sempre quero mais, eu sempre corro atrás.
cachorro vira-lata que a conhecer estás: au, au, au!
18 de março de 2007
Agora chega!
Acabou!
Não dá mais!
Essa mania de auto-perseguir
Essa doideira de ter sempre algo a vir explodir em meu corpo
De uma cisma cair em minha cabeça,
termina aqui.
Acabou, tô deixando claro que não reclamo mais nem de gripe simples
De mordida de mosquito
De arranhão
De dor muscular, não vai mais dar
Agora chega dessa bobeira hipocondríaca
Dessa maneira maníaca de checar pulsos
De achar que algo vai acontecer
De pensar que estou sempre a ter algo que simplesmente não tem como ser
Não quero mais comprimidos, receitas, nem bula
Agora chega, pego minhas coisas,
um pouco dinheiro - e quem sabe -a rua me cura.
Não dá mais!
Essa mania de auto-perseguir
Essa doideira de ter sempre algo a vir explodir em meu corpo
De uma cisma cair em minha cabeça,
termina aqui.
Acabou, tô deixando claro que não reclamo mais nem de gripe simples
De mordida de mosquito
De arranhão
De dor muscular, não vai mais dar
Agora chega dessa bobeira hipocondríaca
Dessa maneira maníaca de checar pulsos
De achar que algo vai acontecer
De pensar que estou sempre a ter algo que simplesmente não tem como ser
Não quero mais comprimidos, receitas, nem bula
Agora chega, pego minhas coisas,
um pouco dinheiro - e quem sabe -a rua me cura.
8 de março de 2007
Dia Internacional da Mulher
mulher
mães
irmãs
tias
avós
amigas
colegas
vizinhas
o que de mim seria sem cada uma de vocês?
4 de março de 2007
Canção em Campo Vasto - Lya Luft
Deixa-me amar-te com ternura, tanto
Que nossas solidões se unam
E cada um falando em sua margem
Possa escutar o próprio canto.
Deixa-me amar-te com loucura, ambos
Cavalgando mares impossíveis
Em frágeis barcos e insuficientes velas
Pois disso se fará a nossa voz.
Deixa-me amar-te sem receio, pois
A solidão é um campo muito vasto
Que não se deve atravessar a sós.
Que nossas solidões se unam
E cada um falando em sua margem
Possa escutar o próprio canto.
Deixa-me amar-te com loucura, ambos
Cavalgando mares impossíveis
Em frágeis barcos e insuficientes velas
Pois disso se fará a nossa voz.
Deixa-me amar-te sem receio, pois
A solidão é um campo muito vasto
Que não se deve atravessar a sós.
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