Hoje no caixa do supermercado uma senhora linda, comunicativa, feliz, contava-nos:
- Já ganhei meu dia hoje! Estava vendo a inauguração da nova estação do metrô e ganhei um beijinho do Sérgio Cabral! (nosso governador)
Eu, uma outra moça que estava a minha frente e a caixa do supermercado sorrimos com ternura, contagiados pela felicidade da senhorinha.
Ela emendou...
Aos 86 anos, não é todo dia que a gente ganha beijo assim! E logo depois quando vinha para cá deparei com um policial que trabalhava na Rua Bolivar. Ele perguntou: O que a senhora está fazendo por aqui? Eu respondi: - Eu moro aqui! Ele então me comunicou que tinha sido enviado para trabalhar na minha rua e me deu um beijinho! Ou seja, dois beijos num só dia aos 86 anos, não é qualquer um não...
E sorriu...
Eu, a moça que estava a minha frente e a caixa estendemos o riso e o que era ternura em nossas faces, se transformou num riso largo, num riso de quem vê amor em qualquer canto. Até na fila do supermercado.
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Pensando no ocorrido, me veio à mente uma poesia
de Adélia Prado que caberia perfeitamente no acontecido...
Adélia Prado - Neurolinguística
Quando ele me disse : ô linda, pareces uma rainha,
fui ao cúmice do ápice mas segurei meu desmaio.
Aos sessenta anos de idade,
vinte de casta viuvez,
quero estar bem acordada,
caso ele fale outra vez."
Um comentário:
Muito legal! Quem disse que otimismo está fora do mercado?
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