parte 1: fica a saudade, mas fica também a decepção. fica a vontade de entender e vai a interrogação. fica o tempo de pensar que quando não, quando não eramos nada mais que contatos adicionados, eu era mais feliz e nem sabia. fica a idiotice arredia de crer no incrível. des-pe-di-da, paroxítona. sintaxe, síntese, primeiro capítulo. fim do remoido desgosto do gosto daquele beijo. que bobagem a minha, acreditar na fatal alegria da vida aqui. vou embora, feliz, convicto, livre e certo do que sou mas descobrirei o outro que habita em mim. um outro menos inocente, mais valente, menos apaziguador, mais revelador... um outro que seja poeta com objetividade. um outro que pense na cidade e esqueça o campo e o relento com céu de estrelas. agora, é chegado o tempo de conhecê-las.
parte 2: falo tudo isso pra parede, me olhando no espelho, refletido ao meio, de costas. falo tudo isso em frente à tela fria da monotonia que poderia ter se instalado, como um programa mal programado. falo tudo isso sentado com a calma de quem tem calma. falo tudo isso porque sei que você vai ler, vai entender, vai rir, vai debochar, vai crer, vai acreditar em todos os verbos funcionais do dicionário. mas o verbo que te encaixa nem é verbo, é adjetivo: otário.
parte 3: amigos, nem sei definir essa palavra. de repente ficou mais significativa que amor.
parte 4: só quando, desligadas as turbinas, antenadas as ansiedades. esteja em outro lugar. DE VERDADE.
E fui embora da cidade...
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